domingo, 14 de junho de 2009

A metáfora do momento!

Era festa junina à antiga.Acendeu-se um balão.Meu balão.Sua chama era tão bonita, gostosa, aconchegante, que o mantive em minhas mãos por um bom tempo. As pessoas diziam que o normal, nessa situação, seria deixá-lo ir; mas eu não conseguia.Era bom ter aquela chama por perto.Depois de muito olhar para ela, fui tomada por pensamentos indagadores: Que sentido fazia ficar segurando aquele balão?O seguraria até que sua chama se apagasse, mas correndo o risco de me queimar?Ou o deixaria ir como era seu aparente destino?E antes que pudesse me decidir, um vento soprou.Fiquei lá, parada, olhando o balão se afastar, contra a minha vontade irracional, com sua chama ainda visível.Não voltava mais, eu sabia. Se voltasse, com ele voltaria o dilema.E por que é, então, que no fundo, sempre no fundo, eu tinha a esperança de que o mesmo vento que o levou o trouxesse de volta?

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