Mas é que se agora pra fazer sucesso, pra vender um blog de protesto, todo mundo tem que reclamar, eu também vou reclamar. E vai ser dessa tal de lei seca. Não pelos rigores da lei - não entendo p. nenhuma disso. Todas as reclamações já foram feitas (e todas as piadas também). Todos sabemos que quem mais sofre com isso somo nós, bons motoristas dotados de um fígado trabalhador (ou dois, como já colocou na prova um amigo meu), e, claro, as feinhas. Tenho algumas amigas feias. Muito feias. Muito muito feias. E não chove na horta delas a mais tempo do que não chove em São Paulo. E sim, a culpa é do álcool – ou da falta dele. Aposto como não demora para a parada gay ficar no chinelo perto da parada feia. Porque logo rola um protesto dessa galera na Paulista: “Se a lei seca não acabar / olê olê olá / Nóis vai penar”, ou “a lá” Ivete: lulinhaaa / lulinhaaaá / lulinha / libera o goró, lulinha!”. É muito fácil pro nosso presidente vetar a nossa mamadinha sagrada. Justo ele, o chefe maior do estado, o nosso pudim mór, que gosta mais da mangüaça do que gosta da mãe, não dirige mais. Ai dá pra enche a lata todo dia, né? Quem ta se dando bem são os guardinhas de plantão. O que tem de filho de puliça ganhando presente de natal adiantado não tá no gibi. E fora que tá caro. Com uma multa de 900 e cacetada a propina é grande. Já tem puliça andando com a maquininha da Visa debaixo do braço. Tá, mas você vai dizer: metade dos acidentes são causados por pessoas embriagadas. Você já percebeu que metade são causados por pessoas não embriagadas? Vamos tirar esses das ruas! Causam metade dos nosso acidentes. É como na velha piada que dizia que só somos os segundos maiores consumidores de álcool do mundo por causa dos evangélicos. E falando neles, meus amigos evangélicos da época de colégio foram todos reintegrados à turma. Dirigem que é uma beleza. E pra finalizar vou dar a dica de como burlar a lei. Não conte que fui eu, pode sujar. Mas, ó, dica do seu novo amigo Gus: carregue sempre uma garrafa de Whiskey fechada no carro (não é crime). Se você tiver tomado todas e for parado, é só abrir a garrafa antes de fazer o teste do bafômetro e tomar meio litro. O guarda nunca saberá se você estava alcoolizado antes ou depois de ter dirigido.
Gustavo Zotini
Gustavo Zotini