segunda-feira, 26 de março de 2012

Divagações


O homem que diz amar todas as mulheres não ama nada além de si próprio e do prazer egocêntrico que a conquista traz. Amar outra pessoa é se redescobrir em outro corpo, em outra vida. É olhar o mundo por outros olhos, é tocar por outras mãos, é sentir-se fora de si. Amar outra pessoa é mais que amar a si próprio, é amar a pessoa que você se torna.
Amar todas as mulheres é vaidade, é curiosidade, é sentir-se perdido, é solidão compartilhada. E é bonito também, porque não? Mas, amar uma única pessoa é desesperadamente belo, é um turbilhão de encontros com seu íntimo desconhecido, é descobrir novos risos, novos choros, novas angústias e, sobretudo, é descobrir novas formas de se ser, na alegria ou na tristeza, livre para se ser. Não mais jogos, não mais buscas, apenas incansáveis encontros e descobertas. Só o amor nos torna capaz de ser feliz até nos dias tristes.

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