domingo, 19 de julho de 2009

nano-felicidade

Corpos sustentados por fibras ópticas
com ramificações condicionadas e
incapazes de entrelaçar pessoas.
Felicidade metodológica,
prazeres alienados
produzidos em escala e
tranferidos por bluetooth.
Energia disperdissada com choques,
rompimentos,
pela incapacidade de se fundir
limitando-se do calor maior.
Eu querendo me expandir
e o século reduzindo:
a tecnologia, o tempo, a compaixão.
O mundo aquecendo,
e as pessoas congelando:
a comida, seus filhos, os sentimentos.
Relógio para contar o tempo que desperdiçam,
GPS para se encontrarem no mundo,
microscópios para ver o pequeno,
telescópios para ver o distante,
óculos escuros para ver no claro,
infravermelho para ver no escuro,
lentes para a falta de foco,
óculos, lupas, binóculos, telescópios...
Tanta tecnologia pra se ver um mundo sem visão,
ver o glaucoma atingindo crianças
e adultos a produzir muletas de compensado.

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